O herpes labial atinge nove a cada dez pessoas no país, ou seja, 90% da população tem esse vírus que provoca pequenas bolhas doloridas e cheias de líquido na pele. Na maioria dos casos ele se manifesta esporadicamente e é desencadeado por fatores físicos ou emocionais.
Saber que esse não era um problema exclusivamente meu, não era capaz de me tranquilizar durante a adolescência. Toda vez que eu acordava com os lábios vermelhos já ficava nervoso e isso acelerava ainda mais o desenvolvimento do herpes. Em poucas horas, lá estavam as bolhinhas por toda boca.
Aquilo me incomodava tanto que nem queria sair de casa. Mas alguns compromissos eram inadiáveis, afinal não dava para deixar de ir à escola ou trabalhar durante duas ou três semanas. Mas confesso que tinha vergonha de aparecer diante de todo mundo com aquelas feridas.
Acreditem, na tentativa de esconder as feridas, por muitas vezes ia pra escola com bandeides na boca. Não percebia que aqueles curativos acabavam chamando mais atenção do que as próprias feridas e retardavam ainda mais a minha recuperação.
Todos nós temos “feridas” que não gostaríamos de ter. Elas nos causam dor e nos incomodam profundamente. Por medo do que os outros vão pensar ou falar, preferimos camuflá-las e, com isso, só conseguimos atrasar o tratamento.
Para que a cura de fato ocorra, é necessário encarar a realidade. Não adianta ficar trancado em um quarto se escondendo de tudo e de todos. É preciso ter atitude para reconhecer e vencer a dor. Então, talvez seja hora de rasgar as faixas, romper as ataduras e quebrar o gesso. Quando se busca a “cura” não há motivos para a vergonha. Em muitos casos, a ferida só será totalmente cicatrizada quando for totalmente exposta.
Paz e sucesso!
::Juliano Matos
Fonte: Lagoinha.com
Jesus é nosso modelo de caráter, liderança e equilíbrio. Normalmente, pensamos nele como uma pessoa calma, meiga, contida. Era aquele que não contendia, nem gritava, que não esmagava a cana quebrada nem apagava a torcida que fumegava (Mt 12.19,20; Is 42.1-4). Entretanto, não podemos visualizá-lo como uma pessoa passiva, sem atitudes fortes, que nunca ofendia os outros. Ele demonstrou indignação (Mc 3.5), foi agressivo quando expulsou os cambistas do templo (Jo 2.13-17) e usou termos fortes para expor a hipocrisia e falsa religiosidade dos fariseus e escribas (Lc 13.15; Mt 23). Embora grande parte do povo se agradasse de seus ensinamentos, alguns se ofendiam. Com amor e compaixão, ele procurava atrair as pessoas a Deus; ao mesmo tempo, quando queriam ir embora, ele não tentava impedi-las.
